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sábado, 20 de março de 2010

Sacos Plásticos: vilão do século -parte 1







Quando foi inventado, no final do séc. XIX, ninguém imaginou que ele pudesse ocupar o papel de amigo da sociedade. Porém, contribuir com a lógica capitalista significa, em primeiro plano, contribuir sensivelmente com um dos maiores problemas do sistema: o descaso com o meio ambiente.

Assim, fica claro que as sacolas plásticas se tornaram o inimigo do século. A lista que comprova a inconveniência do material é quilométrica.Aqui, vamos nos ater aos principais problemas.

O primeiro deles é a impermeabilização do solo, o que, em outras palavras, significa que o plástico forma uma camada sobre o solo que impede a degradação da matéria orgânica. Além de levar até 400 anos para desaparecer, o plástico retarda a degradação de outros materiais em aterros sanitários e lixões.

A camada de plástico também anda de mãos dadas com as enchentes e aumenta o estrago que já é avassalador. Os poros de drenagem são obstruídos pelo plástico, que impede a passagem da chuva e causa enchentes e poluição.

A liberação de gases metano e carbônico na atmosfera durante a decomposição é outro inconveniente que mais nos afetam no dia-a-dia urbano.

A lista ainda pode aumentar se falarmos da poluição de florestas e áreas oceânicas e da morte de animais por ingestão. 
No seu planeta

Alguns países do globo já estão combatendo o inimigo. A Irlanda foi o pioneiro: em 2002, o país taxou em 0,15 euros por sacola distribuída.

Na Alemanha, o custo para quem esquece a sacola sustentável em casa é o correspondente a 66 centavos. A China fez diferente: limitou o número de sacolas por consumidor. A medida reduziu o uso do petróleo em três milhões de toneladas.

No Brasil, o uso da matéria-prima não-renovável destinada às sacolas plásticas é de 0,15% do total extraído e o desuso do petróleo para esse fim ocorre em ritmo lento.

A eficiência da substituição depende da mobilização e do consenso de Associações e Empresas de uma maneira geral, o que ainda não acontece.

Em nota publicada nesta quarta-feira (17/3), na Folha de S. Paulo, A ABIEF (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis), manifestou sua indignação acerca de matérias que vem sendo publicadas no jornal a respeito do desuso de sacolas plásticas.

A Associação pede ao consumidor que pense sobre o custo extra que terá na compra de sacos recicláveis e afirma que “plástico é plástico e 100% reciclável, independente o tipo ou a origem”. A nota sugere ainda aos supermercados que utilizem sacolas de plástico mais resistente, para evitar o uso desenfreado.                                                                                        No seu país
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), no Brasil são consumidas cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas por ano. Dessas, 80% viram lixo doméstico.
 Isso significa que cada família brasileira descarta 40 kg de sacos plásticos por ano. 
(Fonte: Associação Empresarial Dedicada à Promoção e Gestão Integrada do Lixo). 

Graças ao velho costume de encapar o lixo com sacolas de mercado e ao uso desenfreado a ponto de comerciantes embalarem qualquer produto mínimo na popular sacolinha, quase 10% do total de lixo no Brasil é justamente representado pelo plástico tipo filme (é o que constitui as sacolas), o material inimigo. 

Você pode pensar “Ah, já sei, é plástico, vamos separar e reciclar!”. O problema é que o plástico filme é o tipo mais complicado para a reciclagem.
Segundo uma pesquisa desenvolvida por Jared Blumenfeld do Departamento de Meio Ambiente de São Francisco, na Califórnia, o processo de reciclagem de uma sacola plástica é mais caro do que a fabricação de outra nova. O custo para reciclar uma tonelada de sacolinhas é de 4.000 dólares.
A mesma quantidade é vendida a 32 dólares. Além disso, depois do contato com o lixo orgânico – quando vira saco de lixo, por exemplo – a reciclagem não acontece.

Continuação - PARTE 2

Um comentário:

  1. Aliado a tudo isso que vc explica,existe mais um dado:o saco plástico é viciante......as pessoas estão viciadas......para tudo elas querem um saco.....vejo isso diariamente......

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Érica Sena
Pensar Eco

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